quarta-feira, 15 de abril de 2020

Escrevo carta como livro.

Capítulo 1, depois da tentativa de prólogo


Na tentativa de escrever como para que me entenda talvez me debruce sobre capítulos onde nessa identidade literária desejo dançar gozando em palavras que degustam do doce suave da sua carta virtual.

Sim, sinto desejo. Desejo de manisfestar nesses caracteres a sensação que evoco nessa presença virtual. 

Por que de tanto segredo? 

Não tenho roteiros para esse diálogo e por isso a sua afirmação me instiga. Fico pensando se tenho segredos... Sim, tenho, e muitos!

Segredo na afirmação de não querer ser talvez "eu mesmo" nesse encontro à 4 mãos. Quero talvez ser o que nos for interessante manifestar enquanto encontro que queremos ser à duas, à dois, à nossas subjetividades.

Por que de tanto segredo?  

Hoje e já faz um tempo também não dancei. Não beijei, não abracei, não gozei. Ah... Gozo por simplesmente escrever sobre o gozo. Aliás, a única forma de gozar nesses tempos de isolamento. Movo aquilo que tenho de mais líquido dentro de mim. Minhas ideias e desejos líquidos. Sim, bebo e muito. Chá de capim santo do quintal de minha mãe, água do filtro de barro e cerveja. Bem gelada.

Ah, os anos 80. Faço 35 anos em 32 dias e já não sei mais se tenho vontade do futuro.

Para um bom leitor de Nietzsche desde os 17 anos, páscoa é algo cafona.

E a Dança? Ah, quero mesmo é pode sair de casa sem me sentir num ambiente pós apocalíptico com uma máscara na cara para poder atravessar a rua e comprar tomates no mercado.

Desejo que sua dança manifeste em mim desejos de asas coloridas!


Att.,


Lua.



Nenhum comentário:

Postar um comentário